sexta-feira, 18 de julho de 2014

Crônica: Para o dia nascer feliz



Por quê? “Vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?”. Esse famoso slogan dos anos 80 dos biscoitos Tostines é e, continuará sendo, a tradução simplificada dos nossos dramas. 

Queremos respostas! O “eu quero” está tão impregnado em nós que deixou de ser uma imposição e passou a ser uma condição. 

Mas logo chega o momento em que precisamos decidir - queremos ser felizes ou queremos ter as respostas? Ainda assim, mesmo tendo alcançado essa consciência, desastrosamente a busca pelo intangível tem sido, muitas vezes, a nossa escolha. 

Tudo passa. A vida também passa e, quando nos damos conta, passou. O tempo é implacável, ele não para por nada, então, nós quem temos que nos poupar das más escolhas e, digo isso para mim mesma, porque não tenho dúvidas que esta seja a maior e mais importante lição de economia a se aprender. 

Ser feliz é, antes de tudo, estar de bem consigo mesmo. Eu sei e você sabe disso, mas na hora de fazer valer, agimos como nosso pior algoz. Obrigamo-nos a ter uma razão concreta, cientificamente comprovada, politicamente correta, totalmente plausível e, acima de tudo, justificável, até para nossa felicidade. 

Mas a quem mesmo tenho que dar todas essas satisfações? A questão não é, nem nunca foi e nem será, “ter”, mas sim, “ser” - Ser feliz! Então, não tenho que justificar nada.

Vai viver a minha vida por mim? Claro que não! Ninguém pode!

Somente eu posso decidir, cabe apenas a mim como vou viver e, disso dependerá o que vai ser. Doces ou travessuras? Ser feliz ou passar a vida procurando respostas?

Acho que parte do amadurecimento está em se livrar da culpa. Não é fácil... e alguém algum dia falou que viver seria fácil? Citando Charles Chaplin: “Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável...”. 

É preciso amar para saber viver, “então, faça a si mesmo e apenas a si mesmo uma pergunta: possui esse caminho um coração? Em caso afirmativo, o caminho é bom. Caso contrário, esse caminho não possui importância alguma.”. 

Por isso, eu escolho o que faz meus olhos brilharem e isso significa livrar-me da culpa, perdoar, prosseguir, acreditar, amar sem reservas, ser feliz!

E eu pretendo insistir bravamente nisso. Por quê? Para meu dia nascer feliz, sempre.




Médica e autora do livro: Perfume de Hotel
contato@carlasgpacheco.com

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